A abertura foi feita pela jornalista e professora Juliana Caetano, da Rádio Bandnews de Campinas. Juliana, que é redatora, produtora e apresentadora, falou sobre as oportunidades que o rádio oferece. Também destacou ser o veículo um dos mais apaixonantes entre os meios de comunicação de massa disponíveis, mas que, em contrapartida, é o que menos paga.
"Infelizmente, essa é a realidade", disse, destacando ainda que os profissionais saem da Faculdade sem conhecimento prático do trabalho em rádio. "Falar que o aluno só pode procurar emprego e trabalhar depois de formado é um absurdo. A prática tem que começar ainda na faculdade", defendeu.
Sobre a prática do radiojornalismo (e do jornalismo em geral) no interior, Juliana afirmou que é uma oportunidade de se trabalhar e fazer algo diferenciado. "Em São Paulo e em outros grandes centros, você é só mais um. No interior é possível realmente fazer a diferença, através de um trabalho de qualidade."
Na sequência, o ex-diretor de redação do Estado de São Paulo, Agência Estado e Jornal da Tarde, Sandro Vaia, falou sobre jornalismo impresso e a encruzilhada que vivem os jornais com o surgimento de novas mídias, sobretudo a internet.
Vaia abordou tópicos que merecem profundo reflexo, como por exemplo, a produção de um tipo de jornalismo característico para internet (e não a mera cópia do que é feito no impresso), a cobrança financeira por conteúdo de qualidade online, e o ensino aos profissionais de jornalismo para pensarem e produzirem para múltiplos canais.
"O jornalismo hoje tem novas exigências e o jornalista precisa acompanhar essas mudanças", disse. "Não creio no fim do jornal impresso, mas creio que ele terá que se reinventar. Não é possível concorrer com o espaço democrático de divulgação de opinião da internet, mas se falar em informação é outra coisa. A meu ver, uma saída para o jornal impresso é ser um organizador aprofundado de fatos diários, já divulgados em primeira-mão pelos sites", disse Vaia.
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